A liberdade na arte das pequenas coisas (Diário da quarentena - 5)

Para deixar bem claro, caso fique confuso (o que é normal, a vida é confusa), o assunto deste texto é viver, viver bem e feliz, é sobre diminuir para dar conta, sobre experimentar a vida, e sobre o que é a verdadeira liberdade. 


[Fotografia Contemplativa, São Paulo, 2018]

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Os desumanos (Diário da quarentena - 4)

Sabe o que mais me assusta? A desumanidade.

Sim, tem humanos desumanos!

Vejo relatos de parentes de vitimas do Covid-19 sendo muito mal tratados. Depois de contaminado você deixa de ser uma pessoa para se tornar um problema e querem apenas se livrar de você. Trabalhadores da saúde então, muito mal cuidados, são mandados para a "frente de batalha" sem opção.

Vejo gente (gente?) falando friamente da morte alheia. "Vão morrer apenas 8 mil!" então pra que tudo isso?

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Gosto mais de quem não gosto (Diário da quarentena - 4)

30 dias em casa. São estranhas as reflexões que a quarentena nos causa. 

Hoje, numa rede social, estava vendo fotos de uma pessoa que se parecia comigo, de alguma forma. Então me surgiu um pensamento que não sei definir, atração e repulsa, nada contra a pessoa, muito pelo contrário, mas me senti meio Narciso, admirando a mim mesmo, e isso pareceu muito bom e muito ruim ao mesmo tempo. Então senti vontade e escrevi isso:

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Trabalho, pandemia e opressão (Diário da quarentena - 3)

Nesta pequena nota reflito sobre o trabalho, o lugar do humano, a persistência da opressão e o poder da arte. Esta é uma nota, não chega a ser um artigo, não faço uma investigação nem pretendo uma conclusão. Escrever me ajuda a pôr o caos em ordem, e se puder colocar alguma dúvida em sua cabeça, já fico satisfeito. 


(montagem a partir de fotos do livro Trabalhadores)

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E alguns que morrem merecem viver. Você pode dar-lhes a vida? (Diário da quarentena - 1)

27/03/2020

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Nestes dias estão acontecendo tantas coisas sérias, pandemia, falas estapafúrdias de autoridades, crise, e existe uma grande tensão no ar, temos medo, preocupação, e parece que precisamos decidir, julgar. Algumas pessoas correm para o mercado para fazer estoque de alimentos, pré-vivendo tempos piores. Acho que se preocupar com o futuro e agir antecipadamente é normal e útil, mas será que devemos agir assim sempre? Será que sempre nos cabe esse peso de julgar?

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As vezes me sinto entre vocês e o precipício! (Diário da quarentena - 2)

09/04/2020

Sabe aquela sensação de ser a única coisa entre as pessoas e o abismo? Você quer alertar todos sobre o perigo, mas não consegue, pois está muito ocupado segurando os que estão quase caindo, você quer gritar, mas o som não sai da sua boca, porque todo seu esforço concentra-se nos braços.

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